O Despertar da Consciência – Pt. 1

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O Despertar da Consciência

Desde o momento de nosso nascimento antes mesmo de abrirmos os olhos, já estamos expostos as influências do mundo externo. 

Nossa família nos fornece os moldes iniciais e com o decorrer dos anos, acrescentamos amigos e a sociedade que desempenham um papel importante na formação de nossa personalidade e principalmente do EGO.

O ego é o responsável por criar nossa individualidade. Sabe quando temos aquela necessidade de ter alguma coisa ou quando comparamos o nosso com o do outro? Muito bem, esse é o ego falando!

Nosso ego cria aquela sensação de querer tudo na hora, de ter coisas que não precisamos e o mais importante, ter a atenção. Porém quando não conseguimos, automaticamente podemos criar sentimentos profundos de raiva, frustração e sensação da falta de amor que começam a surgir no impulso do “EU” logo na infância.

Seres cosmicos de consciencia

(Imagem por Cameron Gray)

Conforme o passar do tempo vamos formando nossa própria realidade diante de uma perspectiva única de observador, registrando tudo o que nos acontece e como reagimos a cada evento em particular. O ego que já nos acompanha, experimenta cada situação e tenta a todo momento se reafirmar para nos fazer sentir amados.

O que acontece com a maioria de nós, é que não sabemos como lidar com o ego e criamos sentimentos profundos de medo, insegurança, raiva, dúvidas entre outras crenças. Nesse momento, algo interessante acontece.

Quando nossa mente percebe qualquer sinal sútil de algum desses sentimentos que foram gerados com a experiência do passado, ela automaticamente irá fazer de tudo para nos “salvar”.

Amortecedores psicológicos

Os amortecedores são um dos nossos mecanismos de defesa e sem eles provavelmente não sobreviveríamos. Eles são criados para nos ajudar a suportar o peso das más experiências, porém devemos nos precaver. Pois esse mecanismo é um dos principais bloqueadores do nosso crescimento e evolução.

Vamos supor que quando criança você tivesse vontade de ser um desenhista, porém seus pais não valorizavam suas obras ou falavam que isso não iria te dar um futuro. Esse episódio pode ter gerado um grande desapontamento e um registro de dor em sua vida.

Então o ego irá nos impulsionar a fazer outras coisas para ter a atenção de nossos pais. Consequentemente, deixamos de fazer uma coisa que queríamos para agradar outras pessoas.

Seguindo esse padrão, quando chegamos na vida adulta fazemos coisas que não queremos e que não nos deixa feliz. Nesse caso o ego e os amortecedores fornecem suporte para continuar nesse padrão.

Isso pode funcionar até determinado momento da vida, no entanto uma hora torna-se bem cansativo viver correndo atrás de aprovação, amor, valorização e buscando apenas na matéria o que pode fazer feliz.

A nossa sociedade vive nessa busca do “fazer”, pois isso está baseados no EGO primário e sempre existirá algo a mais que é necessário.  Uma corrida sem fim! Uma busca pela tal felicidade que nunca chega, porque ela não existe em um lugar no futuro ou em ter algo. Ela está no aqui e no AGORA.

“Ao viver através do ego, você faz do momento presente apenas um meio para atingir um fim. Você vive em função do futuro, mas quando atingem seus objetivos eles não te satisfazem. Ou pelo menos não por muito tempo”

Eckhart Tolle

Vivemos por muitos e muitos anos achando normal fazer o que não gostamos, não ter tempo para o lazer, ter doenças emocionais, passar horas na internet em piloto automático. Achamos normal o ato de tomar remédios para dormir e trabalhar, entre tantas outras coisas que viraram normais e que abrem um grande vazio em nosso ser.

Mesmo na dor o impulso do ego é fugir do autoconhecimento, pois ele quer te proteger da “identidade que acredita ter”, mesmo  sofrendo internamente ele tentará a todo custo preservar a própria individualidade. Vivemos nessa condição até que um evento externo como uma doença, perda de algum familiar, perda do emprego ou algo que nos faça sacudir e assim voltar para nosso caminho. O caminho que despertará nossa consciência e nós proporcionará a oportunidade de questionar a maneira que vivemos.

“Vocês julgam o seu hoje e esperam do seu amanhã o mesmo que experimentaram no passado. Em consequência, seus males de ontem são continuamente repetido no futuro. Vocês estão escravizados por suas memórias e crenças inabaláveis de que o que aconteceu no passado deve voltar a acontecer para oprimir e feri-los. Não precisam curar seus corpos, ou tentar melhorar suas vidas, precisam curar suas crenças”

Trecho do livro as Cartas de Cristo.

Continua no próximo post (Leia: O despertar da consciência – Parte 2).

Gratidão!

Para você

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